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Autorizado uso de antirretroviral para prevenção ao HIV

A estratégia consiste no consumo diário do medicamento por pessoas que não têm o vírus, mas que estão mais expostas à infecção.

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Uma portaria do Ministério da Saúde publicada nesta segunda-feira, 29 de maio, no Diário Oficial da União (DOU) torna pública a decisão de incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) o antirretroviral Truvada como profilaxia pré-exposição (PrEP) para populações sob maior risco de infecção por HIV. Com a publicação, a PrEP deve passar a ser distribuída em até 180 dias na rede pública de saúde.

A estratégia consiste no consumo diário do medicamento por pessoas que não têm o vírus, mas que estão mais expostas à infecção, como profissionais do sexo, homossexuais, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e casais sorodiscordantes – apenas um dos parceiros é soropositivo.

De acordo com o ministério, o Brasil é o primeiro país da América Latina a adotar a estratégia como política de saúde pública. A PrEP já é utilizada em nações como Estados Unidos, Bélgica, Escócia, Peru e Canadá, onde é comercializada na rede privada, além de França e África do Sul.

O investimento inicial do governo brasileiro será de US$ 1,9 milhão para a aquisição de 2,5 milhões de comprimidos. A quantia deve atender a demanda pelo período de um ano. Segundo a pasta, a estimativa é que a estratégia no Brasil seja utilizada por cerca de 7 mil pessoas que integram as chamadas populações-chave, no primeiro ano de implantação.

Posição CNM

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta os gestores que a melhor estratégia de combate ao HIV e as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) ainda é a institucionalização de políticas permanentes de prevenção com o uso de preservativos - tanto masculinos quanto femininos.

A entidade reitera que é necessário que a Rede de Atenção à Saúde seja periodicamente capacitada e sensibilizada para ações e formas de abordagens no sentido de promover o uso de preservativos junto à população.

Prevenção combinada

A PrEP se insere como uma estratégia adicional dentro de um conjunto de ações preventivas que inclui a testagem regular, a profilaxia pós-exposição, a testagem durante o pré-natal e o uso de preservativo, entre outros, conforme define o ministério.

Fazer parte de um dos grupos, portanto, não é o único critério para indicação da PrEP. Profissionais de saúde farão também uma espécie de análise de vulnerabilidade do paciente, levando em consideração o comportamento sexual e outros contextos.

A previsão é que, de imediato, a estratégia seja adotada em 12 capitais onde já há experiência nesse tipo de tratamento e, até o fim do primeiro ano de implantação, em todas as capitais brasileiras.

HIV no Brasil

Dados do último boletim epidemiológico do ministério revelam que 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil atualmente. Desse total, 372 mil ainda não estão em tratamento, sendo que 260 mil já sabem que estão infectadas e 112 mil não sabem que têm o vírus.

A doença, no país, é considerada estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos para cada 100 mil habitantes. Ainda assim, o número representa cerca de 40 mil novos casos ao ano.

Agência CNM com informações da Agência Brasil

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