O presidente Lula (PT) lidera todos os cenários eleitorais para a disputa à Presidência em 2026, segundo a mais nova pesquisa da Quaest. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira 3.
De acordo com a pesquisa, Lula varia entre 28% e 33% a depender dos adversários. No cenário mais apertado para o petista, o segundo colocado é o cantor sertanejo Gusttavo Lima, que recentemente revelou o desejo de participar da disputa. O artista soma, no monitoramento de primeiro turno, 18%, enquanto Lula tem 33%.
Além do cantor, a Quaest monitorou as intenções de votos de outras seis opções: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB), Eduardo Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União). O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi testado por estar inelegível após condenação na Justiça Eleitoral por abuso de poder. Veja os resultados:
Intenções de voto para presidente | Cenários estimulados
Cenário 1
Lula – 30%
Tarcísio de Freitas – 13%
Gusttavo Lima – 12%
Pablo Marçal – 11%
Ciro Gomes- 9%
Romeu Zema – 3%
Ronaldo Caiado – 3%
Indecisos – 5%
Branco/Nulo/Não vai votar – 14%
Cenário 2
Lula – 28%
Gusttavo Lima – 12%
Pablo Marçal – 12%
Eduardo Bolsonaro – 10%
Ciro Gomes- 9%
Romeu Zema – 5%
Ronaldo Caiado – 3%
Indecisos – 5%
Branco/Nulo/Não vai votar – 14%.
Cenário 3
Lula – 32%
Gusttavo Lima – 13%
Pablo Marçal – 14%
Ciro Gomes- 12%
Romeu Zema – 5%
Ronaldo Caiado – 4%
Indecisos – 4%
Branco/Nulo/Não vai votar – 16%
Cenário 4
Lula – 33%
Gusttavo Lima – 18%
Ciro Gomes- 13%
Romeu Zema – 8%
Ronaldo Caiado – 4%
Indecisos – 5%
Branco/Nulo/Não vai votar – 19%
O levantamento também se debruçou sobre as intenções de voto em eventuais cenários de segundo turno. Lula, novamente, venceria qualquer um dos adversários testados. Gusttavo Lima, mais uma vez, é quem teve o melhor desempenho contra o petista no levantamento. Confira os números:
Intenções de voto para presidente – 2º turno | Cenários estimulados
Cenário 1
Lula – 41%
Gusttavo Lima – 35%
Indecisos – 3%
Branco/Nulo/Não vai votar – 21%
Cenário 2
Lula – 44%
Eduardo Bolsonaro – 34%
Indecisos – 3%
Branco/Nulo/Não vai votar – 19%
Cenário 3
Lula – 41%
Pablo Marçal – 34%
Indecisos – 3%
Branco/Nulo/Não vai votar – 19%
Cenário 4
Lula – 43%
Tarcísio de Freitas – 34%
Indecisos – 4%
Branco/Nulo/Não vai votar – 19%
Cenário 5
Lula – 45%
Romeu Zema – 28%
Indecisos – 4%
Branco/Nulo/Não vai votar – 23%
Cenário 6
Lula – 45%
Ronaldo Caiado – 26%
Indecisos – 4%
Branco/Nulo/Não vai votar – 25%
A Quaest ouviu 4.500 pessoas entre os dias 23 e 26 de janeiro. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de um ponto percentual. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
O que explica o desempenho do sertanejo
Segundo o cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, o bom desempenho de Gusttavo Lima no levantamento está intimamente atrelado à popularidade do cantor no Brasil.
Ele é, conforme apontam os resultados da pesquisa, conhecido por quase 80% dos brasileiros entrevistados, percentual que supera índices de políticos tradicionais, como Tarcísio de Freitas, Ratinho Júnior e Romeu Zema. “Isso dá a ele uma vantagem competitiva já que para ser votado, é preciso ser conhecido”, sintetiza Nunes ao comentar o resultado.
O pesquisador, no entanto, alerta que para compreender o real potencial de voto de cada nome testado, “é preciso analisar intenções de voto relativas ao grau de conhecimento de cada potencial candidato no eleitorado”. Esse recorte, explica, permite chegar a taxa de crescimento potencial dos candidatos.
“Caiado é votado por 81% de quem o conhece; Zema por 74%; Tarcísio é votado por 62% dos que o conhecem; Marçal tem o apoio de 50%; Gusttavo Lima e Eduardo Bolsonaro conseguem 44% de intenção de voto entre quem os conhece”, detalha. “Ou seja, ao se tornarem conhecidos, os governadores de Goiás, Minas e São Paulo passam a ter grandes chances de serem competitivos se exportarem para o Brasil a imagem que conseguiram construir em seus respectivos estados”, avalia Nunes.
Os números, conclui o cientista político, indicam que Gusttavo Lima teria chances mais concretas em dois cenários em 2026: os governadores candidatos não conseguirem emplacar nacionalmente a avaliação regional e políticos da direita se juntarem em torno da sua candidatura.
“Se a oposição bolsonarista se juntar em torno de um nome como o de Gusttavo Lima, e Tarcísio não for mesmo candidato, ele teria força para chegar ao segundo turno. Se o bolsonarismo e a direita moderada se fragmentarem, o quadro fica imprevisível.
Para Nunes, o que a pesquisa revela, por fim, é que “a oposição vai precisar mais do que os erros do governo para ser competitiva em 2026” e terá que “se apresentar com alguma unidade para ter um candidato forte” contra o petista.
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Fonte: Carta Capital
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