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Suspeito de matar vereador e ex no PI confessou crime a familiares antes da prisão

Francisco Fernando Castro teria confessado o crime a familiares.

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 Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Suspeito de matar a ex-esposa Penélope de Brito e o vereador Thiciano Ribeiro na manhã desta quarta-feira (26), o guarda municipal Francisco Fernando Castro teria confessado o crime a familiares, que o orientaram a se entregar à polícia. Segundo o delegado Anchieta Nery, diretor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-I) que participou diretamente das diligências, denúncias anônimas também ajudaram na localização do suspeito.

“Conseguimos efetuar a prisão, com o apoio da sociedade piauiense, por meio das informações de denúncias anônimas, dos vizinhos dos bairros em que a gente esteve, Promorar e Parque Piauí (...) Ele confessou esse delito para alguns familiares, falou da situação de desespero. Os familiares os orientaram a se entregar e essa foi a dinâmica em que a gente chega, encontra e dá voz de prisão em flagrante”, afirmou.

Um vídeo de câmera de segurança registrou o momento exato em que Francisco foi abordado pela polícia e preso. As imagens mostram os agentes descendo de um carro descaracterizado e interceptando o suspeito em um veículo que teria sido usado na fuga do local do crime. Com ele, os policiais localizaram duas armas e uma quantidade de dinheiro. Uma das suspeitas é que a ação tenha sido prometida.

“Ele saiu de Parnaíba na noite de ontem, aproximadamente às 00h27, veio com o intuito de praticar esse crime, que é difícil de ser evitado, porque é um crime passional. Rapidamente conseguimos essa localização e fizemos a prisão (...) Foi encontrado com ele uma soma de dinheiro. Isso indica que ele pode ter se organizado para praticar esse crime e que pensava em fugir. É uma possibilidade”, disse o delegado.

Francisco também é guarda municipal em Parnaíba e ex-marido de Penélope de Brito, de quem estava separado há cinco meses.

Após a prisão, o suspeito foi levado ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde presta depoimento. “O indivíduo está preso, sendo autuado em flagrante pela autoridade policial de plantão, que coincidentemente é a delegada de Feminicídio. Trata-se de um crime que nenhum aparato policial poderia evitar, mas a resposta do Estado foi dada de maneira eficiente", disse o delegado Francisco Costa, coordenador do DHPP.

O inquérito policial deve ser concluído em até dez dias, mas a suspeita inicial é que se trata de um crime de feminicídio. "Temos um crime que demonstra a passionalidade, contudo, a investigação criminal de seguimento, aos autos do inquérito policial, que agora temos dez dias para concluir, é que vai realmente dar toda a radiografia, todo o corpo de delito de como o crime foi praticado", pontuou o coordenador.

Ao concluir a coletiva de imprensa, o diretor de inteligência da SSP reforçou a importância das mulheres denunciarem qualquer situação de violência.

"Fica o meu apelo a todas as mulheres que estão se sentindo ameaçadas. Não precisa nem ter sido ameaçada, mas se sentindo, achando que corre algum risco, procure o atendimento especializado por meio do whatsapp, você não precisa nem ir à delegacia inicialmente”, frisou o delegado, que reforçou ainda a necessidade de reforçar as ações de suporte às vítimas.

“Não podemos nunca culpar uma mulher por ela ter sido vítima de alguma violência e não ter procurado o Estado antes. É uma situação muito difícil. Temos que construir essa segurança na mente e segurança de todas as mulheres, saber que em qualquer contexto de dúvida ela pode procurar o Estado”, enfatizou.

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Fonte: Breno Moreno

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