O Piauí se manteve como o maior produtor de mel do Nordeste e o segundo do país em 2024, mesmo com uma redução de 2,4% em relação ao mesmo período de 2023. De acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (18), o estado somou mais de 8,6 mil toneladas do produto no ano passado.
Desde 2017, a produção de mel no Piauí tem se consolidado como a maior entre os estados nordestinos, ocupando também, desde 2022, a segunda posição no ranking nacional.
No cenário nacional, a produção atingiu 67,3 mil toneladas em 2024, um aumento de 4,9% e o maior volume já registrado no país. O Paraná assumiu a liderança ao produzir 9,8 mil toneladas, superando o Piauí e o Rio Grande do Sul. Juntos, os três estados responderam por quase 40% do total brasileiro.
Pela primeira vez, o valor da produção nacional ultrapassou R$ 1 bilhão, alta de 11,4% em relação a 2023. O Paraná obteve o maior valor de produção, com R$ 180,8 milhões. O Rio Grande do Sul, embora tenha produzido menos que o Piauí, registrou R$ 107,7 milhões em valor de produção, contra R$ 101 milhões do estado nordestino. Segundo Pedro Andrade, chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piauí, o resultado se explica pelos preços mais altos pagos ao produtor gaúcho.
“O maior valor da produção de mel do Rio Grande do Sul em relação ao valor observado no Piauí, apesar da diferença na quantidade produzida, deveu-se ao fato de no Rio Grande do Sul o produto ter apresentado um melhor valor pago ao produtor do que no Piauí", explica o técnico do IBGE.
Entre as principais cidades piauienses produtoras de mel, São Raimundo Nonato se destaca como o quarto maior produtor do país, com 922,4 toneladas em 2024, um crescimento de 478% em dez anos. Apenas Santa Luzia do Paruá (MA), Arapoti (PR) e Santana do Cariri (CE) registraram volumes superiores. No Piauí, outros nove municípios figuraram entre os 50 maiores produtores do Brasil, incluindo Picos (650,2 toneladas), Anísio de Abreu (353,4) e Conceição do Canindé (347).
Em termos de valor da produção, São Raimundo Nonato também liderou no estado, com R$ 11,9 milhões. Na sequência aparecem Picos, com R$ 6,7 milhões, e Anísio de Abreu, com R$ 4,6 milhões.
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Fonte: Breno Moreno (com informações do IBGE)
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