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Piauiense receberá premiação por pesquisa de extração da opala em Pedro II

Pesquisadora da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Lilane de Araújo Mendes Brandão.

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 Reprodução

Uma pesquisadora da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) está à frente de um trabalho que faz a análise de viabilidade econômica, social e ambiental do processo produtivo da opala no município de Pedro II. A professora Lilane de Araújo Mendes Brandão irá receber uma premiação na Universidade Paulista (Unip) pela pesquisa. Esse reconhecimento é atribuído às teses que são consideradas excepcionais em termos de originalidade, qualidade e contribuição para respectiva área de estudo.

Com esse levantamento, a professora pretende fornecer subsídios para a melhoria contínua dessa atividade. O estudo detalhado que envolveu observações, pesquisas teórico-práticas e metodológicas sobre a opala faz parte da tese de doutorado de Lilane de Araújo no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da Universidade Paulista. A tese foi defendida em 2022.

“Receber essa distinção significa muito para mim. É um reconhecimento desta riqueza do nosso estado que será apresentada em âmbito estadual, nacional e internacional. Mais do que isso, mostra que a opala já ultrapassou as fronteiras e prova sua potencialidade”, disse a professora.

A opala é uma pedra apreciada pela beleza e brilho único e o município de Pedro II, distante cerca de 205 Km de Teresina, é conhecido por abrigar jazidas consideráveis deste mineral. Nesse sentido, o processo produtivo da pedra apresenta relevância nas esferas internacional, nacional e estadual e é visto como estratégia para promover o desenvolvimento social, econômico e ambiental das localidades detentoras dessa atividade.

Em seu estudo, a professora Lilane de Araújo, do curso de Matemática do Campus Torquato Neto da Uespi,  aponta o impacto da extração, mineração, confecção das joias e a comercialização dos produtos, considerando um conjunto de fatores que contribuem para a sustentabilidade.

Dentre as observações, ela aponta como é fundamental que o poder público e os agentes envolvidos no processos produtivos da opala, em Pedro II, estejam atentos aos resultados deste estudo, como forma de destacar a importância da adoção de práticas responsáveis de mineração que garantam a preservação do meio ambiente e evitem danos irreversíveis à fauna e flora dos locais.

“Ao longo da pesquisa foram observados diversos fatores relevantes, tais como o crescimento comercial provocado pela extração da pedra, como essa prática obedece as culturas regionais, como se dá a participação da comunidade nesse processo e, ainda, como este comércio é visto pela sociedade. O objetivo era compreender como a extração da pedra impacta na economia, no meio ambientais e, acima de tudo, na vida das pessoas”, explica a professora.

Em sua tese, a docente alerta para os prejuízos causados, muitas vezes, por práticas de atividades sem as devidas licenças ambientais e outras ações humanas que impactam no ecossistema como um todo. “Nesse contexto, surge a preocupação em avaliar a vida útil das minas, a origem das pedras, as condições de trabalhos, capacidades tecnológicas e habilidades do lapidário. Esses são fatores importantes para agregar valor às gemas e garantir a origem das pedras”, destaca a pesquisadora.

No campo, a professora pôde perceber que esse processo acontece sem o monitoramento adequado dos agentes reguladores em relação aos índices de sustentabilidade e compensação financeira por extração deste minério. “A cadeia produtiva da opala apresenta potencialidades excepcionais em termos econômicos para a região de Pedro II, tais como, o fomento ao turismo ecológico, geração de emprego e renda para a comunidade e o surgimento de novos museus. Logo, é necessário que as riquezas produzidas sejam distribuídas de forma igualitária entre a comunidade”, finaliza Lilane .

Ccom

Fonte: Ccom

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